O setor de energia brasileiro, com a ampliação gradativa do Mercado Livre de Energia (ambiente de contratação de energia elétrica onde consumidores e fornecedores podem negociar o preço de energia livremente), vem passando e ainda vai passar por profundas transformações. No meio deste pacote surgiram as gestoras de contratos de energia, empresas especializadas em aspectos técnicos e administrativos do segmento. No mês passado, a Monex Energia e a Ecco Energia anunciaram uma fusão e foi criada a Liven, uma das maiores do setor no Brasil. São R$ 500 milhões em contratos sob gestão e 235 grupos econômicos como clientes. A meta é dobrar o valor gerido, para isso vão avançar em mercados como o do Espírito Santo, que tem 39% de toda sua energia transacionada no mercado livre, uma das mais altas proporções do Brasil.
Hoje, a Liven atende mais de 18 unidades consumidoras em seis municípios capixabas gerindo cerca de 2 Megawatts-hora (MWh). Essa energia, fornecida principalmente a empresas locais, é suficiente para abastecer quase 10 mil residências por mês. A intenção é abrir negociações com, pelo menos, 100 companhias de alta tensão no Estado.
“O setor de energia no Brasil vai mudar para melhor a partir deste ano. Queremos que o mercado livre de energia chegue ao maior número de pessoas", afirma Diogo Bueno, co-fundador da Liven. De acordo com a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica, o Mercado Livre de Energia, com a redução da faixa de consumo permitida para a migração para R$ 10 mil, deve receber 70 mil novos consumidores no Brasil. Nos últimos 12 meses, o setor de energia livre do Brasil teve um aumento de 23% no número de consumidores, alcançando quase 38 mil unidades.
Em breve o Mercado Livre de Energia vai chegar à grande massa de consumidores, os de baixa tensão. A Liven está de olho neste varejo, que é o futuro do mercado brasileiro de energia elétrica.
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