O Espírito Santo vai ampliar em mais seis meses o decreto de emergência zoossanitária para combater a gripe aviária. A decisão foi tomada, nesta terça-feira (12), pelo Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária, que conta com as participações de Secretaria de Estado da Agricultura, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Saúde, Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal), Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente), Defesa Civil, Ministério da Agricultura e Associação de Avicultores do Espírito Santo. A decisão será publicada nos próximos dias e vai vigorar até maio do ano que vem. O Estado está sob atenção desde julho de 2023, quando os primeiros casos foram identificados.
"Não temos nada em animais domésticos e nem em grandes criações. O que temos são pouquíssimos casos em animais silvestres, portanto, são pequenos os riscos. A questão é que teremos, agora em dezembro, um ciclo migratório e outro, em fevereiro e março, vamos manter a situação de emergência para que Idaf e Ministério da Agricultura estejam em melhores condições para agir em caso de necessidade. Uma situação de emergência facilita, por exemplo, aquisições de produtos e contratações. O governo federal, no final de outubro, também fez a prorrogação", explicou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
O Espírito Santo é uma potência nacional na produção de ovos e aves para corte, portanto, não pode dar brecha para uma doença que tem alta letalidade e pode dizimar criações. "Santa Maria de Jetibá é o município que mais produz ovos no Brasil, deveremos ter, no Estado, em 2024, uma expansão de 10% na produção. Serão 17,5 milhões de ovos por dia, de galinha e codorna, em todo o Espírito Santo. São abatidas 250 mil aves por dia, na média. A avicultura vai produzir R$ 3,5 bilhões agora em 2024 e emprega 25 mil pessoas, não é pouca coisa, portanto, todo cuidado é pouco".
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves de estimação, selvagens e produtoras de alimentos: galinhas, patos, perus e codornas. O controle é feito com a eliminação de animais doentes e em áreas de risco. A doença dificilmente afeta humanos e não passa de pessoa para pessoa, a transmissão acontece apenas pelo contato com aves contaminadas.
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