A receita total líquida do governo do Estado do Espírito Santo bateu em históricos R$ 29,2 bilhões em 2024. A arrecadação de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) superou, pela primeira vez, os R$ 20 bilhões: R$ 20,7 bi. O dado é da Secretaria da Fazenda. Só para efeito de comparação, em 2023, a arrecadação total do Estado (sem levar em conta a inflação de 2024), ficou em R$ 26,01 bilhões, uma expansão, portanto, de 12,26%.

"Praticamente todos os setores tiveram melhora na arrecadação, mas o principal foi o comércio, principalmente atacadista. Na sequência destaco o setor de importação, por conta dos veículos e aeronaves", explicou Benício Costa, secretário de Estado da Fazenda.

A despesa total ficou em R$ 28,3 bilhões. Na comparação com o desempenho de 2023, quando foram gastos R$ 25,1 bi (sem correção pela inflação), a expansão das despesas do Estado ficou em 12,74%, um pouco acima do avanço proporcional das receitas (12,26%). "Chamo atenção para o fato de os investimentos terem ficado em R$ 4,5 bilhões, o maior volume da história. Além disso, fechamos 2024 com R$ 7,2 bilhões em caixa (recursos livres e vinculados) e com o gasto com pessoal em 35,9% da receita corrente líquida, bem abaixo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 46,55%", assinalou Costa.

O superávit orçamentário (diferença entre receitas totais e despesas totais) ficou em R$ 881 milhões, 10,4% acima dos R$ 798 milhões de 2023.