Os governadores de Espírito Santo e Minas Gerais ainda não foram procurados pelo governo federal para discutir a proposta feita por Vale, BHP Billiton para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015, que causou graves danos sociais, ambientais e econômicos em todo o entorno do Rio Doce.
A proposta é de R$ 127 bilhões, sendo que governo do Espírito Santo e 33 municípios capixabas ficariam com algo próximo a R$ 18 bi. O governo capixaba tem alguns pontos de dúvida, como o prazo de pagamento (as empresas querem 20 anos e o Estado quer dez), mas segue inclinado a fechar o acordo. O governo federal, por sua vez, não está convencido, mas os representantes de União e estados ainda não se encontraram para discutir os próximos passos.
"Da nossa parte tem tudo para caminhar. A inclusão dos municípios do Litoral Norte entre as áreas atingidas pela tragédia do ponto de vista jurídico resolveu um grande problema do Estado. Todo o litoral entre Serra e Conceição da Barra passam a ter a garantia de ações compensatórias e reparatórias. Este era um problema que foi solucionado. O tamanho da indenização pode ser debatido, mas acho que não será o problema, e vamos negociar para receber tudo em dez anos, as empresas querem pagar em 20", explicou o governador Renato Casagrande, em entrevista para a coluna no último dia 30. A posição dele segue a mesma.
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