Batido o martelo da privatização da ES Gás, o governo do Estado quer agendar para as próximas semanas uma reunião de trabalho com os executivos da companhia. O objetivo é apresentar as necessidades do Estado na distribuição de gás natural e as oportunidades que a empresa tem para crescer e investir aqui dentro.
O governador Renato Casagrande vai pedir a ampliação do plano de investimento feito pela ES Gás para os próximos dez anos. Um aporte de algo próximo a R$ 300 milhões com o objetivo de ampliar a rede a distribuição por todo o Estado. "Queremos a potencialização desse plano elaborado pelo atual comando da ES Gás. Temos um parque industrial muito grande no Estado, a demanda é alta. Precisamos de mais rede industrial e também domiciliar", explicou Casagrande.
O governo também vai solicitar a diversificação dos fornecedores de gás. A intenção é não ficar muito dependente da Petrobras e, consequentemente, reduzir o preço da molécula. "Não é algo fácil, mas precisa ser perseguido, afinal, tem uma redução de preço e amplia a nossa competitividade".
A compra da ES Gás é o primeiro passo da Energisa, gigante nacional do setor elétrico, no Espírito Santo. A intenção do governo é abrir os olhos da companhia, que em 2021 faturou R$ 37,5 bilhões, para outras possibilidades. "É uma empresa que cresceu dentro do mercado de energia elétrica, mas que está ampliando seus horizontes para o setor de energia como um todo, tanto comprou a ES Gás, o primeiro ativo de gás natural deles. Estão de olho, por exemplo, em biometano. O Espírito Santo é uma potência do setor de energia, da transição energética. Vamos ter tempo para apresentar tudo isso a eles", assinalou o governador.
O presidente da Energisa, Ricardo Botelho, que não poupou elogios à organização do Estado do Espírito Santo, disse que ampliar o portfólio de produtos é uma meta da companhia.
O caminho, portanto, está aberto para o Estado.
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