Iniciada na última quinta-feira (12), a greve dos caminhoneiros autônomos, que pedem um reajuste de 26% no valor do frete, já causa seus estragos. São dois mil contêineres parados no Terminal de Vila Velha, o principal operador de cargas gerais do Estado. Sem ter como escoar as cargas, já começa a se formar fila no mar. Dois navios já estão na barra aguardando ter onde colocar seus produtos.
No meio deste nó, três investimentos relevantes para a segurança energética do país: as termelétricas de Viana (Tevisa), Linhares e Povoação. Contêineres com equipamentos essenciais para a conclusão dos projetos estão parados no TVV aguardando uma solução para o movimento grevista.
Realizado em outubro do ano passado, auge do período de escassez hídrica que fez o país temer um novo apagão, o leilão emergencial de energia privilegiou quem entregasse o mais rápido possível a energia contratada. Claro, o governo pagou a mais por isso. O BTG Pactual viu aí uma oportunidade e entrou na empreitada. Resolveu colocar para andar três projetos, todos no Espírito Santo: Tevisa, Linhares e Povoação. Um investimento de R$ 1,1 bi.
Tudo era para estar pronto em 1 de maio, prazo não cumprido. O governo federal, cobrando multa das empresas, concedeu mais três meses. Se até agosto não sair, o governo pode romper o contrato e não pagar nada às empresas.
O que estava complicado, piorou com a greve. Uma conta bilionária está em jogo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.