A venda de imóveis de incorporadoras - em obras ou em estoque - acelerou com força, em Vitória, no primeiro trimestre de 2023. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de janeiro, fevereiro e março, que foi fechado nesta terça-feira (30), bateu em 13,23%, um recorde histórico para a Capital. O indicador fechou o ano de 2022 em 5,73%.
Compilado e calculado pelo Sinduscon/ES (Sindicato da Indústria da Construção Civil), o IVV faz a seguinte conta: o total de vendas do período dividido pela oferta disponível (lançamentos mais o estoque). Quanto mais alto o percentual, mais veloz está o mercado. Entram os imóveis das 20 maiores construtoras da Grande Vitória.
Mantido este ritmo e se novos lançamentos não forem feitos, em menos de oito meses acaba o estoque das construtoras. Isso explica, em parte, porque os imóveis estão tão valorizados na cidade. Segundo Eduardo Borges, diretor de Estatística do Sinduscon/ES, os lançamentos realizados em Vitória no primeiro trimestre tiveram bom desempenho. "A venda dos lançamentos foi bem e, do outro lado, há uma baixa oferta em geral, o que fez o índice acelerar. Se esse cenário de alto IVV persistir, a tendência é de elevação de preços".
Na visão de empresários do setor, os lançamentos virão com mais força no segundo semestre. Se os juros caírem, melhor ainda. O diretor do Sinduscon, entretanto, pede mais um pouco de mudanças. "Que sejam adotadas políticas de desburocratização dos processos de aprovação de edificações novas e que se promova a revisão do plano diretor para estimular lançamentos residenciais na capital".
Em toda a Grande Vitória, o IVV ficou em 7,13%. Na Serra, o indicador ficou em 7,5% e, em Vila Velha, a roda está girando mais lentamente: 5,17%. Bem abaixo do apontado no último trimestre do ano passado: 8,4%.
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