A quinta (27) e a sexta-feira (28) da semana passada foram de muita tensão para todos os envolvidos, direta e indiretamente, com o grande negócio que virou a importação de carros pelo o Espírito Santo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dentro do Programa Mover (pacote de incentivos à indústria automobilística), vetou os dois modelos de importação (encomenda e conta e ordem) vigentes, impondo grave insegurança jurídica à cadeia. As nuvens só foram dissipadas na tarde de sexta, quando foi editada uma medida provisória contornando o veto presidencial.
Na visão de empresários, executivos, advogados e gente do próprio governo estadual, o episódio deve servir para que algumas lições sejam tiradas. "Que ótimo que o Espírito Santo tenha se tornado a maior porta de entrada brasileira para carros importados, é um grande negócio, gera muitos empregos e paga uma quantidade relevante de impostos, mas não podemos ser apenas passagem, temos que gerar valor aqui dentro. Por exemplo, os carros já poderiam sair blindados daqui, existe demanda para isso. Agregar valor significa também fincar raízes, não vai ser apenas uma canetada de Brasília que vai fazer a cadeia sair do Estado", ponderou o executivo de uma grande empresa do comércio exterior capixaba.
"Precisamos aproveitar esta oportunidade que está sendo aberta por este boom das importações de carros elétricos e fugir da economia de passagem. Acredito muito na agregação de valor e também na diversificação das cargas. Estamos trazendo muito carro, temos de trazer também as peças, de olho no pós-venda, temos que trazer mais máquinas, principalmente olhando para o agronegócio... Enfim, são várias as possibilidades e o Espírito Santo está bem posicionado para todas elas", assinalou um empresário do setor.
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