O governador Renato Casagrande e o presidente do Bandes, Munir Abud, vão se reunir, no máximo até semana que vem, para fechar os últimos detalhes da política de financiamento exclusiva para projetos industriais no Espírito Santo que o banco vai lançar. A intenção é anunciar o novo programa, que ainda não foi batizado, na primeira quinzena de dezembro.
Nome o novo programa ainda não tem, mas o objetivo é seguir a trilha do Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo (Funres), criado em 1970 pelo governo federal para compensar o Estado pelos impactos da política de erradicação dos cafezais, estabelecida no final da década anterior. Serão emitidas debêntures (títulos privados de dívida) não conversíveis em ações da empresa tomadora do recurso. O Bandes vai investir até R$ 50 milhões em cada projeto, o recurso terá de ser devolvido em até 20 anos. O juro cobrado na operação será igual à Selic vigente (hoje, 13,75% ao ano).
O Bandes terá R$ 250 milhões todos os anos para financiar expansão ou novas plantas industriais pelo Estado. Os recursos virão do Fundo Soberano do Espírito Santo, poupança criada pelo governo estadual com parte dos recursos arrecadados com royalties do petróleo.
O que ainda falta definir é o modelo de seleção dos projetos que receberão financiamento subsidiado. Esta é justamente a pauta da reunião entre o governador e o presidente do Bandes. O mais provável é que uma comissão avaliadora formada por técnicos julgue os melhores projetos em cima de cinco critérios seus respectivos pesos:
1. Alinhamento com a estratégia (40%);
2. Atratividade da oportunidade (30%);
3. Risco envolvido (15%);
4. ESG (15%).
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