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Inovação: fundador da Timenow monta plataforma para conectar negócios

Francisco Carvalho, que também foi um dos idealizadores do Base 27, se juntou a outros cinco sócios e montou a Quanttar. Os objetivos são ousados

Publicado em 09/11/2023 às 03h50
Tecnologia
Crédito: Carlos Alberto

Francisco Carvalho, fundador da Timenow - uma das mais importantes gerenciadoras de projetos do Brasil e ponta em inovação - e idealizador, entre outras iniciativas, do Base 27, dos mais relevantes hubs do Espírito Santo, sempre ficou incomodado com o fato de que, muitas vezes, a inovação não impactava no resultado final das empresas. Isso fazia com que, aos poucos, o ímpeto inovador das empresas e empresários fosse esfriando e o movimento acabasse não chegando onde poderia chegar.

"Estou, por conta da Timenow e das outras iniciativas que participei, há muitos anos estudando, trabalhando e conversando sobre inovação. Claro que muita coisa andou, mas eu percebia que muitas vezes o resultado não era o esperado. Faltava conexão entre os negócios. A empresa, na hora de inovar, olha muito para dentro de casa, falta conexão. Não estou falando de hub, que muitas vezes também é setorizado, estou falando de algo mais amplo. Por isso, criamos a Quanttar, uma empresa focada em conectar empresas. Fazemos um trabalho inicial de consultoria, mas o objetivo central é dar o passo seguinte, fazer a conexão entre os negócios e, daí, alavancar os resultados", explicou Carvalho.

A Quanttar está operando há três meses, já tem clientes ativos e deve chegar ao começo de 2024 com pelo menos dez na carteira. A meta é, em cinco anos, superar os 500. Os sócios são: TNPart (holding formada pelos fundadores da Timenow), Inntech (empresa de tecnologia do Rio de Janeiro), Aevo (plataforma de gestão de inovação), Bruno Stefani (ex-head de Inovação da AB InBev), Octávio Magalhães (ex-head de Inovação da Timenow) e Hugo Tadeu (professor da Fundação Dom Cabral). Bruno Stefani é o CEO da nova companhia e Octávio Magalhães o diretor de Operações. A sede é em Vitória e o escritório de São Paulo fica no Cubo, hub do Itaú.

"Nosso nicho são as médias empresas, de todos os segmentos, com faturamento anual entre R$ 200 milhões e R$ 2 bilhões, mercado que estava desassistido. Queremos montar um grupo forte de associados, em todo o Brasil, com intensa troca interna e parcerias externas. Podemos, por exemplo, montar um fundo em conjunto para investimento em startups ou estabelecer um escritório no Vale do Silício. A ideia é ser um grande gerador de oportunidades, tracionar os negócios, fazer a inovação dar resultados financeiros e colocar de pé projetos que hoje só fazem sentido para quem é muito grande. Inovação não é só tecnologia disruptiva, mas novos modelos, novas formas de fazer, enfim, é algo muito amplo e rico, as oportunidades são muitas", sublinhou Magalhães.

A Quanttar foi montada para ser um negócio escalável, por isso, seguirá o modelo de assinatura. "Não queria um perfil de vendas e negociação de contratos, isso tira velocidade. Pensamos em algo mais perto do mundo das startups, na recorrência, o objetivo é escalar o negócio, por isso, resolvemos adotar o modelo de assinatura. Quem enxergar valor nessa rede, e é isso que vamos buscar, virá para cá e seguirá conosco", disse Carvalho. "Mas isso não significa que qualquer empresa poderá entrar, antes, faremos uma seleção para saber quem de fato está decidido a inovar, a investir na jornada e a ter resiliência. A inovação é o que vai conectar todo o bloco".

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