O Espírito Santo tem 928 mil pessoas e empresas filiadas a alguma cooperativa. O número é 24,3% superior aos 746,7 mil cooperados de 2022. Os dados são do Anuário do Cooperativismo Capixaba 2024, que será divulgado em outubro pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) do Estado. A expansão local é muito superior à média nacional, que ficou em 14%. O Brasil possui 23,4 milhões de cooperados.
O avanço capixaba deve-se fundamentalmente à popularização das cooperativas de crédito. Instituições como Sicoob, Sicredi e Cresol, que vêm imprimindo forte crescimento nos últimos anos, provocaram o fenômeno da urbanização dos cooperados no Espírito Santo. Assim, as cooperativas, historicamente ligadas ao agronegócio, ganharam a Grande Vitória, onde reside metade da população do Estado.
No ano passado, o faturamento do cooperativismo cresceu mais de 20% no Espírito Santo, saindo de R$ 11,5 bilhões para algo próximo de R$ 14 bi. A esmagadora parte deste volume vem das cooperativas de crédito. "É um fenômeno que ganhou corpo na última década. Tínhamos uma infinidade de instituições de crédito no passado, várias boas e outras tantas ruins. O segmento passou por um forte processo de consolidação, que criou isso que estamos vendo agora: cooperativas robustas, com governança empresarial de ponta. Isto deu confiança para que as pessoas que não eram ligadas ao cooperativismo passassem a depositar seus recursos nas instituições, aí veio essa enorme expansão. O Banco Central participou ativamente deste projeto", explicou Carlos André Santos de Oliveira, diretor do Sistema OCB/ES.
Na visão do dirigente ainda há muito espaço para crescimento. "As cooperativas de crédito ganharam a confiança da clientela, tanto que estamos vendo a chegada de novos players ao Estado. Credibilidade é tudo em todas as áreas, mas no mercado financeiro é fundamental. As cooperativas estão ganhando eficiência, escala e conquistando mercado, por tudo isso, enxergo que elas ainda têm muito espaço para crescer".
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