Lideranças do agronegócio do Espírito Santo já fizeram chegar ao vice-governador, Ricardo Ferraço, responsável por tocar a área no terceiro mandato de Renato Casagrande, que querem uma aproximação maior da estrutura do Incaper. Na visão deles, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural anda um pouco afastado das propriedades e, consequentemente, de suas necessidades.
Os produtores argumentam que o agronegócio está passando por profundas transformações sob vários pontos de vista: tecnologia, manejo, sustentabilidade, além de novidades como a rastreabilidade. Portanto, nunca foi tão importante a proximidade dos especialistas do Incaper, inclusive em culturas já consagradas no Estado, caso do café.
Os empresários do agro lembram ainda que novas culturas - trigo, soja e azeitona, por exemplo - vêm surgindo no campo capixaba. Boa parte disso é fruto de investimentos e estudos feitos dentro das próprias fazendas. Para que os estudos sejam ampliados e aprofundados é importante a aproximação dos qualificados técnicos e laboratórios do Incaper. Se isso não acontecer, o risco é de que culturas com boas possibilidades de se desenvolverem no Estado, caso da soja, fiquem isoladas em poucas propriedades e não ganhem a escala que poderiam ganhar em território capixaba.
Enio Bergoli, que assumiu a secretaria de Agricultura em 1º de janeiro, e Ricardo Ferraço, por terem experiência na área, têm credibilidade e contam com a confiança dos empresários e empreendedores do agronegócio capixaba. Ricardo foi secretário de Agricultura entre 2003 e 2006. Enio, além de funcionário de carreira do Incaper, presidiu a instituição por vários anos e também já foi secretário de Agricultura.
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