O Bandes, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo, teve, no primeiro semestre de 2024, um lucro líquido de R$ 32,7 milhões, 17% abaixo dos R$ 39,4 milhões registrados nos primeiros seis meses do ano passado. Segundo Marcelo Saintive, presidente da instituição, a queda se deve a uma desaceleração na recuperação de débitos. "Tivemos, entre janeiro de junho de 2023, números muito expressivos de dívidas que estavam em atraso e foram quitadas, isso acabou influenciando positivamente o resultado final, mas não se repete sempre".
O executivo, claro, prefere observar a parte cheia do copo. "O nosso resultado operacional cresceu em relação ao mesmo período do ano passado. A nossa receita com crédito bateu em R$ 25,9 milhões, expansão de 19%. A carteira de crédito como um todo avançou 9%, alcançando um estoque de R$ 464 milhões. Tudo isso mostra que, apesar da queda do lucro no semestre, estamos em uma trajetória de crescimento".
Mais de 50% da carteira do Bandes está nas mãos dos médios empresários. O tíquete médio de crédito, que, em 2022, estava em R$ 500 mil, passou para R$ 2 milhões.
Depois de 15 anos o balanço do Bandes vem auditado por uma gigante do setor, a KPMG. Faz parte da estratégia da instituição para trazer recursos de fora. "O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), por exemplo, só empresta se o balanço for auditado por uma das big four (referência às quatro maiores empresas de auditoria do mundo: EY, PwC, Deloitte e KPMG). Para conseguirmos capital precisamos de credibilidade", explicou Saintive.
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