O mês de agosto foi o melhor da história para as exportações brasileiras dos cafés conilon e robusta. Foram vendidas 699 mil sacas, uma explosão de 443% em relação ao mesmo mês de 2022. Segundo Márcio Cândido Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), grande parte deste volume é de conilon e saiu aqui do Espírito Santo. O Norte capixaba é responsável por 80% da produção brasileira de conilon. Os números são do Cecafé.
"Os cafés canéforas (conilon e robusta) brasileiros estão mais competitivos e extremamente demandados porque outras importantes regiões produtoras da variedade, principalmente Vietnã e Indonésia, têm enfrentado adversidades climáticas (El Niño) e queda na produção. A expectativa é de que as vendas sigam em alta", assinalou o executivo. "Esse cenário tem sido muito favorável ao produtor do Brasil, pois o preço vem se mantendo estável nos últimos meses".
Enquanto os competidores estrangeiros sofrem com o tempo, os daqui estão satisfeitos com as chuvas fora de época que caíram em agosto e setembro em todo o Norte do Estado. As floradas foram consideradas muito boas. "Ainda falta muita coisa até a colheita (entre maio e julho de 2024), mas largamos muito bem", assinalou Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, a maior cooperativa de conilon do Brasil.
As exportações brasileiras de café (conilon, arábica e robusta) somaram 3,673 milhões de sacas de 60 kg em agosto deste ano, crescimento de 29,4% em relação ao registrado no mesmo mês de 2022. Foram US$ 723,8 milhões de faturamento, avanço de 7,5% (menor do que o do volume vendido por conta da queda do dólar).
Está tudo indo bem, mas o presidente do Cecafé faz um alerta. "O novo modelo de comercialização privilegia, cada vez mais, a originação, a rastreabilidade e, em especial, a preservação da natureza e o total posicionamento contra o desmatamento”, destaca.
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