Um detalhe importante, e histórico, passou quase que incólume na divulgação do Anuário 200 maiores Empresas do Espírito Santo, organizado por IEL (Instituto Euvaldo Lodi) e Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo). Dois municípios, Vitória e Serra, abrigam as empresas responsáveis por 74,07% dos R$ 182,07 bilhões de receita operacional líquida divulgados pelas maiores empresas do Estado (claro, as que divulgam balanço). Sem dúvida uma enorme concentração econômica. As duas cidades, só para ficarmos nessa comparação, respondem por 22% da população capixaba.
É claro que o dado não responde tudo. Por exemplo: a Petrobras, no Espírito Santo, tem sede em Vitória, mas suas operações estão majoritariamente no litoral Sul do Estado. Mas revela claramente uma concentração. Se incluirmos Viana, Vila Velha e Cariacica na conta, chegamos a incríveis 84% do faturamento na Grande Vitória. Das 200 maiores companhias com operação no Espírito Santo, 103 estão sediadas em Vitória e na Serra.
O Norte e o Noroeste capixaba, com Sudene, Zona de Processamento das Exportações de Aracruz e a plataforma logística que está se desenvolvendo na mesma região, tem uma grande margem de desenvolvimento. No Sul, apesar dos grandes projetos logísticos e energéticos, os desafios são maiores. Além disso, tem a questão da interiorização. Historicamente o PIB do Espírito Santo anda mais rápido entre o litoral e a BR 101. Os números do anuário do IEL só reafirmam isto.
Ranking das cidades (receita operacional líquida, em R$):
- Vitória: 110,9 bilhões
- Serra: 23,8 bi
- Viana: 8,2 bi
- Anchieta: 7,5 bi
- Cariacica: 6,5 bi
- Linhares: 5,8 bi
- Vila Velha: 3,6 bi
- Colatina: 3,6 bi
- Cachoeiro: 2,3 bi
- Santa Maria de Jetibá: 2,3 bi
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