Bruno Russo, sócio fundador da Timbro, gigante brasileira do comércio internacional com faturamento que vai superar, em 2024, os R$ 15 bilhões, enxerga mais quatro anos de importações de carros para lá de aquecidas no Brasil e, consequentemente, no Espírito Santo, principal porta de entrada do país quando o assunto são veículos importados. No ano passado, somente pelo Estado, foram quase US$ 2 bilhões movimentados (mais de R$ 10 bi). No primeiro quadrimestre deste ano, 56% dos carros que entraram no Brasil foram pelo Espírito Santo.
"Estamos no meio de um processo muito interessante e agressivo: renovação de frota junto com uma transição energética. Há dez anos que a frota brasileira não se renovava desta forma, além disso, caiu no gosto do brasileiro produtos de marcas que só estão lá fora, que ainda não montaram suas fábricas por aqui. Este movimento começou há dois anos e vejo mais quatros anos, pelo menos, de um mercado muito forte. Claro, não nos níveis observados hoje, mas ainda muito forte", prevê o empresário.
A Timbro inaugurou, nesta terça-feira (18), um espaço de 100 mil m², na Rodovia do Contorno, em Cariacica, 100% dedicado ao recebimento de automóveis. A operação será feita junto com o Terca Zilli. Trata-se da primeira área alfandegada do tipo tocada por uma trading. O centro automotivo já tem capacidade para 12 mil carros e a expectativa, até o final do ano, é que chegue aos 20 mil de capacidade estática. A operação foi liberada depois de uma liberação negociada junto à Receita Federal.
"Já fizemos um aporte de R$ 25 milhões e, se for o caso, investiremos mais R$ 10 milhões até o final do ano", avisou Russo.
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