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Mais três cidades entram no parque logístico do Espírito Santo

O Parklog/ES é um plano diretor criado e coordenado pelo governo do Espírito Santo com o objetivo de colocar de pé um parque logístico de relevância na região Norte do ES

Publicado em 26/11/2024 às 03h55
Portocel em Aracruz aposta na IA para transporte de celulose
Complexo portuário de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. Crédito: Portocel/Divulgação

O Estado inclui mais três cidades no Parklog/ES, plano diretor criado e coordenado pelo governo do Espírito Santo com o objetivo de colocar de pé um parque logístico na região Norte capixaba. Ibiraçu, Fundão e Sooretama juntam-se a Aracruz, Linhares, Colatina, João Neiva e Serra, municípios que estão no programa desde a publicação do decreto do governador Renato Casagrande, em 17 de setembro. Os novos entrantes serão oficializados nesta terça-feira (26), no lançamento oficial do Parklog.

"A ideia é termos um conjunto de iniciativas coordenadas, ao lado de prefeituras, empresas e entidades, para que consigamos desenvolver adequadamente todo o potencial logístico que temos naquela região. O parque logístico já nasce com três portos (Imetame, Portocel e área da Vports em Barra do Riacho, dois aeroportos (Linhares e Aracruz), Zona de Processamento de Exportações (já autorizada pelo governo federal para a Imetame) e ainda teremos um novo porto seco. O Espírito Santo tem uma enorme vocação logística, temos que trabalhar em conjunto e com estratégia para que todo o potencial seja aproveitado, afinal, o impacto é positivo para toda a economia do Estado", explicou o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço. Está sob a responsabilidade dele tocar o projeto.

O objetivo principal é organizar todas as forças para conseguir a infraestrutura necessária (ferroviária, rodoviária, aeroportuária, educacional e social) para que a região tenha condições de ser uma das principais plataformas de comércio internacional do Brasil. Por exemplo, o governo do Estado está fazendo um importante investimento, com recursos próprios, em uma nova rodovia que ligará os parques industriais da Serra e de Aracruz. Em outra ponta, governo e setor produtivo articulam-se em Brasília para que, na renovação da Ferrovia Centro-Atlântica, mais carga venha do Brasil Central  para o Espírito Santo. Importante destacar que há uma oportunidade muito grande se desenhando. Enquanto a produção e a produtividade do agronegócio brasileiro só fazem crescer, a infraestrutura logística está praticamente estagnada. Portanto, quem conseguir se organizar e montar uma estrutura de escoamento estará muito bem posicionado no longo prazo.

O planejamento passa ainda por debater o Plano Diretor Municipal de Aracruz, para que o parque logístico não seja sufocado pela expansão da cidade, pela formação de mão de obra e, claro, pelos impactos sociais que uma grande movimentação econômica sempre causa. "Os desafios são enormes para toda aquela região, até por isso foram incluídas mais cidades. Quanto mais ideias e debates, melhor para o desenvolvimento do projeto", assinalou Ferraço.

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