O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, bateu o martelo e o Estado vai vender toda a sua participação na ES Gás. O governo capixaba possui 51% das ações da empresa, portanto, o controle. A decisão estava madura, mas faltava a chancela do mandatário. A Vibra, antiga BR Distribuidora, é proprietária de outros 49%. A ES Gás foi avaliada em R$ 1,3 bilhão pelo BNDES, responsável por montar a modelagem da privatização.
É uma boa informação para quem ganhar as eleições de outubro - pode ser o próprio Casagrande, que nesta segunda-feira anunciou sua pré-candidatura à reeleição -, afinal, a ES Gás deve ir a leilão no começo do ano que vem. Se não houver mudança nos valores, serão R$ 663 milhões a mais no caixa para livre destinação logo no pontapé inicial do mandato.
Pode ser até um pouco mais. A expectativa do governo capixaba é valorizar sua fatia a partir da decisão de vender toda a sua participação na empresa, afinal, o comprador terá o controle das ações. O debate sobre qual percentual seria vendido pelo Estado teve algumas idas e vindas nas últimas semanas. Alguns assessores do governador defendiam a manutenção de uma quantidade mínima de ações para que o Estado tivesse assento no Conselho da empresa, que é estratégica para a economia capixaba. O governador optou por vender toda a participação.
No final de 2021, a Assembleia Legislativa deu seu ok para a privatização. A operação será feita na Bolsa de Valores de São Paulo. A ES Gás atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, de climatização, cogeração e termelétrico. São mais de 60 mil consumidores. Com mais capital privado e, consequentemente, mais investimentos, a expectativa do governo capixaba é que esse número de clientes avance bastante, melhorando a competitividade energética do Estado.
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