O aumento dos juros nos Estados Unidos, que já começou a colocar um freio no mercado imobiliário de lá, fez ligar um sinal amarelo nas empresas de mármore e granito do Espírito Santo. Cerca de 80% do que é exportado pelo Brasil sai da produção capixaba. Grande parte deste material vai para os EUA. Ou seja, diante de tal dependência, uma gripe lá pode virar uma pneumonia por aqui.
Diante deste cenário, empresas essencialmente ligadas ao mercado externo estão se movimentando para diversificar a carteira de clientes e diluir riscos. A Decolores, de Cachoeiro de Itapemirim - que trabalha com os mais diversos materiais, mas é muito forte no mercado de quartzito -, é uma delas. Hoje, 75% do faturamento da empresa vem dos Estados Unidos. O objetivo é que, no médio prazo, os demais mercados (Europa, Ásia, Oceania e Brasil) alcancem 40% da receita da companhia.
Para isso, estão sendo feitos investimentos na linha de produção, em pesquisa e desenvolvimento, e na área comercial. O quartzito seguirá como carro-chefe, mas cada mercado tem sua preferência de cor, tamanho e variedade. Outro aspecto merece atenção: cada vez mais exigido pelo mercado internacional, principalmente Europa, a companhia vem buscando e investindo forte em boas práticas ambientais, sociais e de governança da organização, o famoso ESG. Toda a produção é certificada, o que facilita a abertura de espaços lá fora.
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