Bairro que abriga os maiores lançamentos de Vitória, a Enseada do Suá, na visão dos empresários do mercado imobiliário, tem desafios a serem vencidos. O objetivo é tornar a região, digamos, mais receptiva. Diferente de bairros como Jardim da Penha, Praia do Canto e Praia da Costa, a Enseada não tem por característica ter muitas pessoas nas ruas. Mudar esta realidade é um trabalho de muitas mãos - mãos públicas e mãos privadas.
Um passo importante foi dado pelo último Plano Diretor Municipal, de 2018, que flexibilizou a instalação de lojas no andar térreo dos empreendimentos. Os novos lançamentos estão apostando pesado na criação do "burburinho", mas a coisa precisa ir além. O maior desafio é o seguinte: dentro da Enseada do Suá há várias Enseadas. O bairro é cortado por vias de grande fluxo (Américo Buaiz, Nossa Senhora dos Navegantes, Clóvis Machado, além do impacto da Terceira Ponte), o que dificulta a circulação das pessoas. Na visão de arquitetos e urbanistas, a prefeitura de Vitória precisa capitanear um plano para atacar a questão.
Mas o que fazer? Uma das ideias que encontra mais eco entre os especialistas é a construção de mergulhões para a passagem dos veículos, deixando o nível da rua livre para os pedestres. Seriam praças de integração construídas em pontos estratégicos, unindo as várias Enseadas - a Enseada do Cais das Artes, a Enseada das repartições públicas (Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e Corpo de Bombeiros), a Enseada do shopping, a Enseada dos grandes empreendimentos comerciais e residenciais (mais próxima da Praia do Suá) e a Enseada que ainda abriga casas baixas (para o lado de Santa Helena).
Quem entende afirma que são intervenções caras, mas que elevariam o patamar de qualidade de vida de Vitória. É o famoso ganha-ganha.
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