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MRS demonstra interesse em bancar trecho da EF-118 entre ES e Rio

A empresa está renegociando, com o governo federal, a concessão antecipada da Malha Sudeste, originalmente assinada no começo da década. Trecho vai de Anchieta ao Porto de Açu

Publicado em 18/03/2025 às 12h39
Transporte - caminhão - ferrovia
Crédito: Carlos Alberto

A MRS Logística, responsável pela concessão das ferrovias da chamada Malha Sudeste, demonstrou interesse em bancar a construção do trecho da Estrada de Ferro 118 entre Anchieta e Porto de Açu, em São João da Barra, Norte do Rio de Janeiro. Um trecho de cerca de 200 quilômetros que demandará um investimento próximo a R$ 3,2 bilhões. A empresa está renegociando, com o governo federal, a concessão antecipada da Malha Sudeste, originalmente assinada no começo da década.

"Estamos em meio a uma renegociação sobre renovações antecipadas de ferrovias, mesmo processo feito com a Vale nos casos de Carajá e Vitória-Minas. A MRS, que é a concessionária da Malha Sudeste, demonstrou interesse em fazer o aporte necessário para a construção da primeira fase da EF-118, entre Anchieta e Porto do Açu (pelos planos do governo, a EF-118 irá de Anchieta até a Região Metropolitana do Rio de Janeiro). Já é um avanço. Veja que a MRS não será a responsável pelas obras, ela disponibilizará o recurso, a execução será de responsabilidade da concessionária. O leilão está previsto para acontecer no final do ano. Essas renegociações estão levantando um dinheiro privado que será fundamental para a ampliação e reorganização do sistema ferroviário nacional", explicou Leonardo Cezar Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário, que veio a Vitória participar de um evento organizado pelo Lide Espírito Santo.

A informação é ótima para o Espírito Santo, afinal, trata-se de uma das obras mais importantes para a infraestrutura logística capixaba. Garantido o recurso, ainda mais privado, o Estado se livra de um de seus principais gargalos. A obra conectaria a Vitória-Minas (que, também depois de uma renegociação, se estenderá até Anchieta) aos portos do Norte do Rio (Açu) e Sul do Espírito Santo (Central). Ou seja, essas estruturas portuárias, hoje isoladas, passam a estar 'ferroviariamente' conectadas ao Brasil Central, berço do agronegócio e grande demandador de infraestrutura de escoamento.

"A construção da EF-118, que irá até a Região Metropolitana do Rio, formará o que chamamos de Arco Ferroviário Sudeste, estabelecendo um importante e perene fluxo de importação e exportação. O Espírito Santo tem posição estratégica neste planejamento. Estamos compatibilizando os cronogramas com as obras que a Vale tocará entre Cariacica e Anchieta, afinal, uma dependerá da outra. Estamos trabalhando o trecho Anchieta-Açu em um horizonte de oito anos", explicou Ribeiro. 

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