Goiás, por causa de uma vigorosa política de incentivos fiscais estabelecida nas últimas duas décadas, transformou-se em uma das principais portas de entradas de medicamentos e insumos de saúde importados do Brasil. A partir daí, um poderoso polo farmoquímico foi construído no entorno da cidade de Anápolis. Um fato novo aconteceu no final do ano passado. No dia 27 de dezembro de 2023, um decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado retirou alguns medicamentos da lista de benefícios concedidos pelo Estado do Centro-Oeste.
É claro que o impacto já foi sentido e também é claro que os empresários já estão em busca de alternativas. Aí é que surge o Espírito Santo. As plataformas de comércio exterior, as famosas tradings, enxergam o Estado como uma boa opção para herdar parte deste fluxo. Os motivos são: próximo dos grandes centros consumidores, benefícios fiscais estabelecidos, estrutura portuária em expansão, estrutura de armazenagem em expansão e cadeia de comércio internacional muito bem articulada.
"Enxergo ótimas possibilidades para o Espírito Santo, entre elas estão os fármacos e medicamentos. Goiás retirou parte dos benefícios e acredito que algumas cargas podem vir para o Espírito Santo. As condições estão dadas", disse Bruno Russo, sócio da Timbro Comércio Exterior, uma das grandes tradings que operam pelo Estado.
Entre janeiro e maio de 2024, o Brasil importou US$ 2,4 bilhões (R$ 13,2 bilhões) em medicamentos, inclusive veterinários.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.