O nível de preocupação do governo do Espírito Santo com o andamento da reforma tributária subiu nos últimos dias. Na visão do governador Renato Casagrande, o tempo está passando e as dúvidas sobre o tema seguem se avolumando, o que não é um bom sinal em se tratando de uma matéria tão complexa e tão cheia de interesses embutidos.
"O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que o tema ficaria no sol para ser criticado, e isso está acontecendo. O problema é que as respostas não estão vindo, o que aumenta o nível de preocupação. O texto do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, deixa muita coisa para ser aprovada depois da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), para ser aprovada por lei complementar. É complicado. Hoje, do jeito que está, é difícil de passar", afirmou o capixaba.
Casagrande elencou quais são as principais questões que passam na cabeça dos governadores. "Como vai ser a divisão e qual será o tamanho do Fundo de Desenvolvimento Regional? Como vai funcionar esse Conselho Federativo, que vai concentrar a arrecadação do IBS (Imposto de Bens e Serviços), que vai ser o imposto dos estados e municípios? Qual será o nível de controle da União em cima do IBS? Quais serão as alíquotas? Veja que são várias as questões centrais que ainda não têm resposta, é muito desconhecimento. Temos que avançar com isso, sob pena de a reforma não passar".
Renato Casagrande disse ver com bons olhos a entrada do ministro Fernando Haddad na articulação e no debate. "É bom que ele entre. Vai ajudar".
Na sexta-feira (30), todos os governadores e secretários de Fazenda farão uma reunião virtual sobre o andamento da reforma. Na próxima quarta (05), haverá um encontro, para debater o mesmo tema, entre governadores e bancadas federais dos estados de Sul e Sudeste.
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