Após passagens importantes e marcantes nos governos do Espírito Santo (2016 a 2018) e federal (2019 até o final do ano passado), o economista Bruno Funchal assumiu o comando da Bradesco Asset Management (Bram), que tem, hoje, R$ 540 bilhões sob sua gestão. O objetivo do banco ao chamar o antigo chefe do Tesouro Nacional para seus quadros é colocar a Bram no top das gestoras de recursos de terceiros do Brasil. Para chegar nisso, ele vai precisar buscar produtos e ativos de alto valor agregado. O radar já está mais do que ligado e há boas oportunidades no Espírito Santo.
Em conversa com a coluna, Funchal afirma que mudanças recentes feitas em marcos regulatórios beneficiaram muito o Estado e o colocaram no radar dos investidores. "O Espírito Santo sempre acaba aparecendo no radar. Nós estamos atrás de ativos deem retorno ao nosso cliente, e o Espírito Santo, depois da melhoria nos marcos regulatórios do óleo e gás, do saneamento, das ferrovias e da cabotagem, ficou bem competitivo. São áreas que atraem o interesse do investidor privado e todas têm muita aderência com a economia capixaba. Vão sair coisas boas daí. Os fundos estão olhando para isso".
Para Funchal, esse fluxo de investimentos privados é fruto de uma nova onda no mercado de capitais que, mesmo diante da alta forte de juros, não retrocederá. "Os investidores, mesmo os que não são tão grandes, perceberam que é possível ter bons retornos, em prazos razoáveis e com boa segurança fora dos títulos atrelados a governo. Mesmo com Selic em 13%, ou seja, com o governo pagando isso de juros, não vai voltar ao que era. E isso é bom para a economia do país, afinal, os fundos vão em busca de soluções, de bons investimentos, para dar o melhor retorno, dentro de uma margem de segurança adequada, ao seu cliente. Isso dá mais dinamismo e vigor à economia".
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