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No foco dos investimentos, Aracruz vai começar a discutir PDM

Uma consultoria será contratada pela prefeitura para auxiliar no trabalho. Assim como nas demais cidades, o grande desafio de um Plano Diretor Municipal é antecipar as necessidades futuras

Publicado em 21/10/2024 às 03h50
Complexo industrial e portuário de Barra do Riacho, em Aracruz
Complexo industrial e portuário de Barra do Riacho, em Aracruz. Crédito: Abdo Filho

Com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) sendo colocada de pé, terminais portuários saindo do papel e empreendimentos dos mais diversos setores chegando, Aracruz está na mira dos investidores. No meio desse furacão todo um debate relevante vai começar a se desenrolar no ano que vem: o novo Plano Diretor Municipal da cidade, que deve começar a vigorar em 2026. Questões relevantes não faltam.

"Vamos adequar o nosso plano diretor para receber o volume de investimentos que está para chegar. Isso significa fazer o zoneamento adequado para a retroárea dos portos, para os empreendimentos industriais, para a mancha urbana, redefinir a questão da verticalização da cidade, claro, sempre observando as áreas de proteção ambiental e as reservas indígenas, afinal, Aracruz é uma das cidades, proporcionalmente, com a maior quantidade de reservas indígenas do país. É um trabalho complexo, sensível, mas extremamente relevante para o desenvolvimento sustentado do município, explicou Laryssa Baroni, secretária de Desenvolvimento Urbano de Aracruz.

Uma consultoria será contratada pela prefeitura para auxiliar no trabalho. Assim como nas demais cidades, o grande desafio de um PDM é antecipar as necessidades futuras. Como as expectativas para Aracruz são elevadas, o cuidado precisa ser redobrado. "Temos que ter atenção com o sistema viário, com o transporte coletivo (portos, ZPE e demais grandes projetos ficam distante da zona central da cidade, onde mora a maior parte da população) e saneamento. Também vamos colocar no debate a possibilidade de uma verticalização maior na região central", adiantou a secretária.

Em Barra do Riacho, região dos grandes empreendimentos, o objetivo é evitar que a expansão urbana "sufoque" as áreas industriais e portuárias, como já aconteceu em vários lugares do Brasil e do mundo, caso, por exemplo, do complexo portuário de Vitória. "Hoje, isso não é um problema, mas pode passar a ser em alguns anos com o aumento da população, temos que evitá-lo. Em outra frente faremos um debate com a Suzano, proprietária de grandes porções de terra na cidade, explicando o nosso projeto de longo prazo. É importante para todo mundo".

A discussão antecipada sobre zoneamento é mesmo muito importante, afinal, hoje, em Barra do Riacho, Portocel possui cerca de 800 mil m², Vports 500 mil m² e Porto da Imetame 1 milhão de m². No longo prazo, dando certo o projeto de hub portuário, vai ser insuficiente. É por isso que o novo PDM vai dialogar com o projeto do ParkLog, decreto estadual que estabeleceu o parque logístico do Espírito Santo, tendo os portos de Aracruz como centro da questão. A intenção é seguir as mesmas diretrizes. 

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