No último dia 12, a Petrobras confirmou a venda do Polo Norte Capixaba, principal campo produtor de petróleo onshore (em terra) do Espírito Santo, para a norueguesa Seacrest Petróleo. A confirmação se deu depois de algumas semanas de aflição, depois de o Ministério de Minas e Energia solicitar a Petrobras uma revisão completa na venda de seus ativos. Contratos que estavam fechados, mas que, por questões técnicas e burocráticas, os ativos ainda não tinham sido transferidos para os compradores, caso do Polo Norte Capixaba, ficaram em suspenso.
Felizmente as incertezas contratuais acabaram e a Petrobras, que não vinha dando muita atenção aos seus ativos onshore (por uma decisão da empresa, tomada em meados da década passada, o foco é o pré-sal), passou os ativos para frente. A Seacrest, por sua vez, já pode expor os planos para os seus campos do Norte do Estado (em São Mateus, Jaguaré, Linhares e Conceição da Barra) - que custaram US$ 699 milhões (R$ 3,5 bilhões) aos europeus.
Até 2027, a companhia pretende investir pelo menos US$ 400 milhões (R$ 2 bi) no Estado para expandir a sua produção. No Polo Cricaré, desde que assumiu (meados do ano passado), a Seacrest Petróleo triplicou a produção - de 700 barris de óleo equivalente/dia para 2.400 barris/dia. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo. No Polo Norte Capixaba a produção, hoje em 4.500 barris/dia, também será ampliada após investimentos.
A companhia europeia pretende injetar recursos para aumentar o fator de recuperação dos campos, atualmente em 17%. Trata-se de uma técnica que indica o percentual de petróleo extraído de determinado poço. Se os níveis indicados forem baixos, o campo é abandonado. A intenção é melhorar a técnica e aproveitar o máximo possível dos campos.
No início de 2022, a Seacrest Petróleo tinha 250 trabalhadores no Polo Cricaré, entre diretos e indiretos. Terminou o ano com cerca de 600, entre diretos e contratados.
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