Até o final do primeiro semestre de 2023, a Vale vai colocar para funcionar, em Tubarão, a primeira fábrica de briquetes verdes do mundo. Desenvolvido pela própria mineradora, o briquete é algo totalmente diferente, um novo tipo de aglomerado de minério, matéria-prima para a fabricação de aço, que promete demandar menos energia das siderúrgicas. Diante da novidade, os técnicos que vão trabalhar na unidade começaram a ser recrutados nesta quinta-feira (20), oito meses antes da inauguração. A curva de aprendizado será bem mais longa que o normal.
“Serão duas plantas de briquetes, sendo que uma deve entrar em operação no final do primeiro semestre e a outra no final ano. Por se tratar de um processo novo, optamos por fazer as contratações com antecedência, assim poderemos capacitar as equipes para essa operação”, destaca o diretor de Pelotização da Vale, Rodrigo Ruggiero.
São 60 vagas para técnicos em mecânica, eletroeletrônica, instrumentação, controle integrado, eletricista e instrumentista. As plantas de briquetes também vão contar com cerca de 80 empregadas, que estão participando do Programa de Formação Profissional, realizado em parceria com o Senai. Ao todo, cerca de 180 profissionais trabalharão na operação das plantas. As demais vagas já foram preenchidas.
Podem se inscrever no processo aberto nesta quinta profissionais com experiência nas funções e que morem na Grande Vitória. As inscrições vão até o dia 26/10 pelo site www.vale.com/oportunidades. Os selecionados devem ser admitidos no início de janeiro.
A expectativa da Vale é que o novo produto reduza em até 10% a emissão de gases de efeito estufa durante a produção do aço. Por isso foi batizado de briquete verde. O novo aglomerado de minério permite às siderúrgicas reduzir a dependência da sinterização - processo anterior à produção do aço no qual há a aglomeração do fino de minério de ferro (sinter feed). A sinterização, que se dá a 1,3 mil graus Celsius, demanda o uso intensivo de combustíveis fósseis. O briquete, por sua vez, é considerado um aglomerado a frio, no qual não ocorre queima, mas uma cura a uma temperatura entre 200º e 250º, demandando menos energia.
As duas plantas de briquete estão sendo construídas no lugar das usinas 1 e 2 de pelotização de Tubarão, erguidas ainda nos anos 1960. Um investimento de US$ 182 milhões. Somadas, elas terão capacidade para produzir 6 milhões de toneladas do produto por ano. A primeira unidade será entregue em meados de 2023 e a segunda, até o final do ano que vem.
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