Quando foi inaugurado, em 1978, 100% das atenções de Portocel estavam na exportação de celulose e no movimento de cargas florestais. Em 2013, quando a lei passou permitir que portos privados operassem cargas de terceiros, a coisa começou a mudar. As demandas de Suzano e Cenibra, produtoras de celulose e acionistas do terminal, seguem sendo protagonistas, mas novos atores ganham cada vez mais espaço no terminal localizado em Aracruz.
Grande parte dos blocos de rochas produzidos no Norte do Estado já saem por Portocel. A intenção dos executivos do terminal é iniciar um estudo para também movimentar chapas. "Trata-se de um produto sensível, mas temos expertise com esse tipo de carga. Movimentamos muito papel em Portocel. Temos todo o interesse em testar e estudar a viabilidade econômica", disse a gerente de Estratégia, Gestão e Novos Negócios de Portocel, Valéria Provete.
Outra carga que interessa muito é o café. "Tem muito potencial. Várias fábricas estão sendo inauguradas e em construção aqui no Norte, bem próximo do porto. Boa parte do que vão produzir é para exportação e tem muita sinergia com rotas que já trabalhamos: Europa, Ásia e Estados Unidos".
Se os estudos de viabilidade técnica e econômica pararem de pé, será um alento para os empresários locais. Boa parte da produção capixaba de rocha (o ES responde por 80% de tudo o que é exportado pelo Brasil) e café (somos o segundo maior produtor do país e crescendo forte na fabricação de solúvel) é escoada por Rio e Santos.
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