
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, tiveram, há poucos dias, uma reunião com a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva sobre o projeto para criar a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, que está tramitando no Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBIO). Sendo decretada pelo presidente da República da maneira como está proposta, a APA teria 49 mil hectares, ocupando uma importante faixa do litoral dos municípios de Aracruz e Linhares - entre o Rio Riacho e Barra Seca. Por ser uma das regiões de maior dinamismo econômico do Estado, a tramitação tem chamado a atenção governos e setor produtivo.
Os capixabas voltaram de Brasília com duas promessas feitas por Marina: o decreto presidencial não sairá de surpresa, antes de um profundo debate com todos os atores envolvidos, e, para tocar as conversas, em março virá ao Espírito Santo o secretário executivo do Ministério de Meio Ambiente, João Paulo Capobianco. "A nossa proposta é para que a APA comece 11 quilômetros ao Norte do Rio Riacho, com uma área total de 27 mil hectares. O ICMBIO já topou que seja 5 quilômetros acima. O Capobianco virá aqui em março, vamos apresentar todos os argumentos", explicou Rigoni.
O secretário estadual disse que o debate vai além da instalação ou não de uma APA. "O plano de manejo é o documento que orienta a gestão e uso da área de maneira sustentável. Nós precisamos participar dessa construção, afinal, estamos falando de uma região que é estratégica para o Espírito Santo. Por exemplo, o Porto de Santos fica dentro de uma APA, o plano de manejo deu permissão para tal, claro, seguindo todas as regras necessárias. É fundamental entendermos o que está em jogo para conseguirmos tocar um debate qualificado".
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