O governador reeleito Renato Casagrande vem sendo muito questionado, desde a sua vitória nas urnas (em 30 de outubro), sobre como será o seu novo secretariado e quem o comporá. A resposta do governador é sempre a mesma: as decisões serão tomadas e anunciadas em dezembro. Mudanças mesmo só depois da posse, em 1º de janeiro.
Os anúncios só sairão em dezembro, mas as conversas sobre o novo desenho do gabinete do governo estadual estão andando. É provável que a secretaria de Desenvolvimento, extinta em 2021, volte a existir. O governador também está estudando a possibilidade de mudanças nos comandos de Banestes, Bandes e Cesan. As áreas que o vice eleito, Ricardo Ferraço, comandará já são conhecidas desde o período eleitoral - Meio Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento Econômico -, mas ainda não está claro se ele assumirá uma secretaria. Tudo será conhecido em dezembro.
O deputado federal Felipe Rigoni, que não conseguiu se reeleger, mas foi um apoiador relevante do governador no segundo turno, terá algum assento no governo? Ele estava focado na aprovação de um projeto de sua autoria, o Código de Defesa do Pagador de Impostos, o que aconteceu na última terça-feira (08), e agora deve sentar para conversar sobre o seu futuro. Uma ida para o governo não está descartada.
Todo esse debate, claro, é importante por conta da formação do novo governo, mas também porque começará a dar indicativos do que Casagrande está pensando para a sua sucessão. As eleições serão em 2026, mas o trabalho precisa começar a ser feito agora, já que não há um sucessor pronto dentro da área de influência do governador. Casagrande não pode disputar mais um mandato e Paulo Hartung, que se reveza com o atual mandatário no comando do Anchieta desde 2003, já deixou claro que não pretende mais disputar eleições, pelo menos não aqui no Estado. Portanto, o caminho está aberto dentro dos campos políticos que comandam o Estado nas últimas duas décadas.
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