Alexandre Mori, gerente-executivo de Portocel, afirma que, do jeito que as coisas estão caminhando, o próximo apagão a ser enfrentado pela economia brasileira é o portuário. "Estamos observando, durante a pandemia, uma série de apagões nas cadeias de produção. Já falamos de chips, condutores elétricos e uma série de outros insumos. Quando o Brasil voltar a crescer, e eu confio que isso acontecerá, teremos um problema grave para escoar e receber cargas. É o próximo apagão".
Especialista na área e à frente do terminal que tem Suzano (51%) e Cenibra (49%) como sócios, Mori afirma que os investimentos, em todas as áreas, estão represados, o que pressiona o sistema. "Tem muita coisa para sair nas mais diversas áreas, inclusive na logística. Quando isso começar a se desenrolar, os terminais ainda não estarão prontos, é o nosso próximo gargalo".
Diante deste cenário, ele enxerga uma boa possibilidade de Portocel ampliar seu espaço para cargas de terceiros e agregar valor à sua operação. Ainda há uma ociosidade de 800 mil toneladas/ano (tomando por base carga de celulose) no terminal. "Estamos conversando com interessados em usar nossa área, creio que teremos novidades para breve. Estamos trabalhando forte em ganhos de eficiência, mais para frente poderemos discutir uma eventual ampliação".
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