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O receio por trás das críticas aos gargalos do Porto de Vitória

Há alguns meses que empresários dos mais diversos segmentos do comércio internacional capixaba vêm insatisfeitos com os serviços prestados dentro do complexo portuário

Publicado em 17/07/2024 às 03h50
Carros chegam por navio no Espírito Santo
Carros chegam ao Porto de Vitória. Crédito: Divulgação/Vports

Há alguns meses que empresários dos mais diversos segmentos do comércio internacional capixaba vêm insatisfeitos com os serviços prestados dentro do Porto de Vitória, destacadamente pelo terminal de contêineres. Um dos motivos de a carta aberta ter demorado mais que o previsto para sair é porque o empresariado tinha receio de como o pleito seria interpretado. Não queriam, de forma alguma, que soasse como uma mudança de posição em relação ao apoio majoritário dado para a concessão à iniciativa privada.

A Vports, única autoridade portuária privada do Brasil, é responsável pelo complexo desde setembro de 2022. Antes, a responsabilidade era da estatal Codesa. Empresários, executivos e entidades, apesar das duras críticas, seguem firmes no apoio ao modelo adotado.

"Estamos criticando a gestão. Cargas muito importantes para a nossa economia, casos do café e das rochas, estão perdendo espaço dentro do porto por causa da explosão de movimento que tivemos neste primeiro semestre. A nossa competitividade está indo embora, por isso, estamos reclamando. Mas só chegamos nesse nível de falta de estrutura porque, durante décadas, a Codesa, enfim, o poder público, não fez os investimentos necessários. Acreditamos no modelo privado e seguimos apoiando, isso não está em discussão. Uma relação saudável também precisa conviver com as críticas, que são construtivas, é justamente isso que está acontecendo agora", disse um empresário sob reserva.

Em conversa com a coluna, o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, foi pelo mesmo caminho. "Se estamos nessa situação limite hoje, é porque investimentos deixaram de ser feitos ao longo de décadas. É um debate que não está posto, a concessão à iniciativa privada é o caminho correto".

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