Marco Ferraz, presidente da Clia (Cruise Lines International Association) Brasil, esteve em Vitória, nesta segunda-feira (13), para o evento de assinatura do contrato com a USP para a contração dos estudos que irão apontar o local exato para a ancoragem de navios de cruzeiro em Vitória. As embarcações, que cresceram muito na última década, não conseguem mais entrar na Baía de Vitória. A possibilidade de o Espírito Santo voltar ao mercado depois de mais de uma década sem receber um cruzeiro, agrada muito os operadores.
"O potencial de Vitória e, consequentemente, do Espírito Santo, é enorme. Hoje, mais de 80 linhas passam direto de Búzios (RJ) para Ilhéus (BA), ou seja, passam por todo o litoral capixaba e não param. O Espírito Santo tem atrativos, tem estrutura e não pode desperdiçar isso. As empresas querem sempre novos destinos, a volta do Espírito Santo para a rota de cruzeiros seria uma grande novidade, as operadoras querem isso", disse Ferraz.
Ele cita Balneário Camboriú, em Santa Catarina, como um modelo que pode servir de exemplo. "O primeiro navio a ir para lá foi em 2019, agora, para essa temporada que está começando, serão 62 escalas. É um mercado que está em franca expansão e o potencial para o Espírito Santo é enorme. Estamos falando de um Estado com um litoral maravilhoso e com um clima de montanha muito perto, tudo isso seria impulsionado, sem dúvida", afirmou o executivo.
Pelas contas da Clia, na média, cada passageiro que faz escala em uma cidade gasta R$ 600 por dia. Quando o viajante parte da cidade, o gasto médio sobe R$ 800. Por escala, são mais de 3 mil desembarques. Pegando essas médias, Camboriú, só nesta temporada, deve movimentar mais de R$ 100 milhões. "Estamos muito otimistas, é muito importante que esse estudo, assim como os trâmites dentro da Marinha, andem com celeridade. É possível fazermos um teste de ancoragem entre março e abril e, tudo dando certo, incluir o Espírito Santo já na temporada 2024/2025 de cruzeiros", assinalou Marco Ferraz.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.