Algumas novidades surgem no horizonte da transição energética e o Espírito Santo não pode deixar o bonde passar. Na sexta-feira (02), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o marco legal para a produção e comercialização do hidrogênio verde no Brasil. O combustível, que pode ser produzido a partir de fontes limpas, é uma alternativa para os parques industriais que demandam muita carga e que, hoje, usam carvão, diesel e gás para movimentar as suas máquinas.
O Espírito Santo surge aqui como um ator importante. O Estado tem um importante potencial para a geração de energia solar e eólica offshore (no mar, esta ainda não regulamentada no Brasil), além disso, possui infraestrutura - portos, gasodutos e unidades de processamento - que servem perfeitamente à indústria do hidrogênio. É a hora de deixar a parte legal alinhada e chamar o jogo. Os estados do Nordeste, que têm o maior potencial para a geração de energia limpa do Brasil, estão se movimentando bastante e têm atraído boa parte dos (bilionários) projetos.
Nesta terça (06), em Vitória, no prédio da Federação das Indústrias do Espírito Santo, será realizado um evento em que o Estado pode "chamar o jogo". Findes, governo estadual e Petrobras assinam um protocolo de intenções que tem como um dos temas centrais a avaliação de oportunidades de negócio em hidrogênio sustentável no território capixaba. A Petrobras já tem projetos para a instalação de eólicas offshore no litoral Sul (aguarda apenas a regulamentação para fazer a coisa andar) e seus executivos, o ex-presidente Jean Paul Prates, entre eles, já disseram que a infraestrutura de gás montada no Espírito Santo, hoje bastante ociosa, pode ser ocupada pelo hidrogênio. Este tem tudo para ser um fator importante na hora da decisão do investimento.
O protocolo de intenções também incluirá a implantação do programa de captura de carbono da companhia no Espírito Santo. O CCUS é uma sigla para Carbon Capture, Utilization and Storage (captura, uso e armazenamento de carbono). A Petrobras captura CO2 e injeta o gás que provoca o famoso efeito estufa em reservatórios que, antes, tinham gás natural e petróleo. É uma das principais alternativas de redução de emissão de carbono no Espírito Santo, Estado que possui dos maiores parques siderúrgicos, de pelotização e de produção de óleo e gás do Brasil.
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