O mercado de eventos foi o mais afetado pela crise causada pela pandemia do coronavírus. Em algumas situações, os shows por exemplo, foram mais de dois anos no zero. Não se passa por isto sem consequências, algumas duradouras. Os investimentos em equipamentos (novos ou manutenção) pararam, muitas empresas fecharam as portas, e parte dos trabalhadores que viviam daquilo ali foram fazer outra coisa da vida e não devem voltar mais.
Ainda no primeiro semestre de 2022, o setor voltou com mais firmeza, e os efeitos da desmobilização começaram a aparecer. A organização do Vital - festa que vai reunir mais de 40 mil pessoas no Sambão do Povo, em Vitória, nos próximos dias 16 e 17 de setembro - está se desdobrando para colocar a estrutura de pé.
"Imagine que, depois de mais de dois anos parados, sem investir, perdendo recursos financeiros e humanos, o setor tem um boom. O setor de eventos voltou muito forte, as pessoas queriam voltar a se encontrar, mas a estrutura, o que fica por trás da festa, sofreu muito com a pandemia. A dificuldade com mão de obra, em todas as áreas, e com os fornecedores é grande. Estamos tendo de montar um quebra-cabeça, juntar vários fornecedores para que consigam atender nossas várias demandas. Por exemplo, preciso de 350 banheiros químicos, antes, uma ou duas empresas davam conta, tive de juntar cinco", explica Pablo Pacheco, um dos organizadores do Vital.
O carnaval fora de época está injetando R$ 3 milhões em toda a cadeia para colocar o evento de pé. As demandas passam por estruturas metálicas, segurança, iluminação, som... Enfim tudo o que uma festa grande depende para acontecer.
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