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Pai do ESG elogia equilíbrio institucional do Espírito Santo

Paul Clements-Hunt  esteve nos últimos dias, em Vitória, para participar do Horasis Global Meeting, um dos maiores eventos sobre ESG do mundo

Publicado em 28/10/2024 às 16h27
Paul Clements-Hunt, executivo que liderou o time da ONU que, no início dos anos 2000, criou o termo ESG
Paul Clements-Hunt, executivo que liderou o time da ONU que, no início dos anos 2000, criou o termo ESG. Crédito: Divulgação/Cloves Louzada

Paul Clements-Hunt, executivo que liderou o time da ONU que, no início dos anos 2000, criou o termo ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança), esteve nos últimos dias, em Vitória, para participar do Horasis Global Meeting, uma das maiores fóruns de sustentabilidade, inovação e governança do planeta. Foi a 11ª primeira vez dele no Estado. Trata-se de uma história intensa, afinal, ele esteve aqui pela primeira vez em meados do ano passado. De lá para cá, aproximou-se muito do governador Renato Casagrande, que é presidente do Consórcio Brasil Verde e ampliou os laços.

Para Clements-Hunt, a transformação vivida pelo Espírito Santo do princípio dos anos 2000 para cá, impulsionada pela boa interlocução entre governos e setor produtivo, serve de exemplo para todos os lugares. "O Espírito Santo se destaca como um Estado dinâmico e bem governado. Essa visão se alia a uma sociedade empresarial forte e comprometida com a sustentabilidade, o que tem atraído grandes investidores. O Estado passou por uma transformação desde os desafios administrativos enfrentados no início dos anos 2000, consolidando-se como um modelo sustentável e promissor. Após visitar Vitória diversas vezes, acredito que o 'espírito capixaba' é um ingrediente especial que une governo, comunidade e setor privado em prol de um objetivo comum".

A estabilidade alcançada é fundamental para alcançar voos mais altos no longo prazo. "Como estado, é politicamente estável. Tem uma visão ESG, tem um plano de 500 anos, e a comunidade empresarial é muito empreendedora. Sabemos disso através do ES em Ação, sabemos disso da Findes. Vocês têm grandes empresas, como a ArcelorMittal, a Imetame, o Porto Imetame, o Porto Central e o café. Então, é um Estado economicamente vibrante, mesmo não sendo  enorme em termos de população. Então, achamos que podemos fazer disso um modelo para talvez outros estados no Brasil e também para outras províncias ao redor do mundo. É um modelo de sustentabilidade".

No princípio dos anos 2000, quando o termo ESG foi lançado pela ONU, 50 fundos de investimento, com US$ 4 trilhões, abraçaram a ideia. Hoje, são 5.555 fundos com US$ 121 trilhões sob administração. "Isso não significa que todo esse valor está investido em ESG, mas significa que as instituições sinalizaram para o mercado que os grandes fundos de capital entendem que esses riscos são reais. Também gostam das novas oportunidades de energia limpa, de alinhamento climático, de infraestrutura e dos novos mercados de carbono, onde não se trata de compensação de carbono, mas de títulos de carbono. Muitas coisas estão acontecendo agora", assinalou.

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