
O governo federal acredita que a execução do projeto e as obras do ramal Sul da Ferrovia Vitória-Minas, entre Santa Leopoldina e Anchieta, podem ficar muito mais em conta e sair com muito mais velocidade do que está sendo previsto pela Vale, que é a concessionária responsável por tocar o andamento dos trabalhos. Pelo o que foi apresentado pela mineradora, em julho de 2023, no Palácio Anchieta, nas presenças do governador Renato Casagrande, entidades, empresariado e imprensa do Estado, a obra sairia por R$ 6 bilhões e seria entregue em meados de 2030. Na visão do Ministério dos Transportes, isso pode melhorar bastante.
"Não temos os estudos todos em mãos, mas a experiência mostra que uma ferrovia como essa, com o relevo que a região tem, sai por menos de R$ 2 bilhões. Mesmo com a quantidade relevante de desapropriações (mais de 700) a serem feitas. São pouco mais de 80 quilômetros, não vemos como chegar nesses R$ 6 bilhões que estão sendo ditos", disse Leonardo Cezar Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário, que veio a Vitória participar de um evento organizado pelo Lide Espírito Santo.
Sobre o prazo de obras, de 60 meses (cinco anos), de acordo com a Vale, Ribeiro também disse ser possível melhorar. "Temos exemplos, no Brasil, de execução de 100 quilômetros de ferrovia por ano. Claro que cada caso é um caso, mas me parece viável que a entrega seja mais rápida. Nós renegociamos as concessões da Vale no ano passado e há um acordo para vários investimentos, inclusive aqui no Espírito Santo, no ramal da Vitória-Minas. Vamos nos debruçar sobre os projetos e olhar no detalhe os valores e prazos que estão sendo prometidos", explicou o secretário.
A informação de que o governo federal, que é o dono dos ativos ferroviários do país, acredita em investimentos e prazos menores para o ramal do Sul do Estado só reforça o movimento do governo estadual de colocar pressão na Vale para agilizar os trabalhos e, consequentemente, os aportes no Espírito Santo.
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