A Petrobras busca ocupar a estrutura ociosa de dutos e, principalmente, das unidades de tratamento de gás que possui em Anchieta e Linhares. Dos mais de 20 milhões de m³ de capacidade de processamento diário das duas plantas, cerca de 20% vem sendo utilizado. Trata-se de uma infraestrutura bilionária que foi construída na primeira década dos anos 2000. A companhia está ampliando a campanha exploratória por gás e vem fazendo parcerias com outras empresas. Mas nem só de gás vivem, ou melhor, viverão as unidades aqui do Espírito Santo. Jean Paul Prates, presidente da estatal, que esteve em Vitória nesta segunda-feira (18), disse que as mesmas estruturas que hoje são exclusivas para a operação de gás, servirão, ali na frente, para o hidrogênio, que é a grande aposta para virar a principal fonte de combustível industrial no futuro.
"Estamos investindo forte em novas fronteiras de gás e a nossa expectativa é de que a nossa produção aumente, ocupando a infraestrutura de gás e dutos disponíveis no Espírito Santo, mas é importante dizer que o hidrogênio usa a mesma estrutura. É uma ótima opção para as unidades de tratamento daqui do Estado", assinalou o executivo.
O presidente da companhia lembrou que a Petrobras já encaminhou para licenciamento junto ao Ibama dez projetos de energia eólica offshore no litoral brasileiro, sendo dois deles no Sul do Espírito Santo. A capacidade total dessas plantas é de 23 GW, ou seja, algo de escala. A ideia da estatal é colocar energia no mercado livre e também na produção de hidrogênio, inclusive para exportação.
"A Petrobras é especialista na indústria offshore, estaremos firmes nesse mercado que está se abrindo com projetos e parcerias com as grandes empresas do mundo. A produção de hidrogênio faz parte da estratégia e o Espírito Santo, por conta dos ventos já mapeados e da infraestrutura, está dentro dela. Temos ativos de longo prazo no Estado".
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