A Petrobras vai instalar um equipamento batizado de Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (Bravo 2.0) no Litoral Sul do Espírito Santo. O objetivo é fazer a medição dos ventos na região em que a estatal pretende instalar pelo menos dois parques de geração de energia eólica offshore (no mar). A princípio chegaria agora em dezembro, mas a boia será instalada em março de 2024. Esta será a segunda Bravo utilizada pela Petrobras, a outra, instalada em outubro, está a 20 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, onde a Petrobras também já identificou boas possibilidades de investimentos em geração de energia renovável.
O equipamento, capaz de medir a velocidade e direção do vento, ajuda muito nas decisões que precisam ser tomadas antes da implantação de projetos de geração eólica offshore. A Bravo é capaz de processar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, e oceanográficas, como ondas e correntes marítimas. Equipada com um sensor ótico, a boia mede a velocidade e a direção do vento entre 10 e 200 metros de altura. Os engenheiros e um algoritmo analisam tudo o que é coletado.
A energia que abastece o sistema vem de placas solares instaladas no próprio equipamento, que tem quatro metros de diâmetro, quatro metros de altura e pesa sete toneladas. O desenvolvimento foi feito a partir de uma parceria entre a Petrobras e os Senais de Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
A boia que virá para o Espírito Santo está no Senai do Rio Grande do Norte já será um avanço em cima do que está instalado por lá. O atraso na chegada se deu justamente porque alguns equipamentos novos que serão acoplados ao sistema principal acabaram atrasando.
Em setembro, quando esteve em Vitória, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o Espírito Santo deve receber investimentos em dois parques eólicos em alto-mar, no Litoral Sul (Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy). Um dos investimentos será feito em parceria com a Equinor, que é a estatal norueguesa de petróleo, O outro será 100% Petrobras. Além das do Espírito Santo, haverá áreas de produção em cinco Estados.
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