A Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) aprovou, na última quarta-feira (02), o enquadramento do campo de Golfinho no benefício fiscal que reduz em 75% o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica cobrado em cima do lucro da exploração de óleo e gás. A concessão do incentivo tributário se dá pouco mais de um ano depois de a multinacional BW Energy concluir a aquisição de Golfinho e Camarupim, que eram da Petrobras e operam desde a primeira década deste século. O polo fica na bacia do Espírito Santo, no mar, a 40 quilômetros da costa de Linhares.
Especializada na operação de campos maduros, a BW vai atrás de todas as alternativas possíveis, técnicas e, claro, tributárias, para ampliar a eficiência e a lucratividade de suas operações. A redução de impostos favorece o aumento da vida útil do ativo, afinal, ajuda a ampliar o tempo de viabilidade econômica da produção. Para se ter uma ideia, a Petrobras pretendia abandonar o campo, que hoje produz 10 mil barris de óleo por dia, no ano passado. O plano da multinacional é seguir com as ações que viabilizem a produção do campo até 2042. A compra de Golfinho é um negócio da ordem dos US$ 75 milhões (mais de R$ 400 milhões).
Até 2031, a BW investirá US$ 1 bilhão, sendo que grande parte disso irá para Golfinho e Camarupim. Até 2028, a multinacional vai perfurar dois poços no campo de Golfinho e mais que dobrará a produção do campo, hoje em 10 mil barris por dia, permitindo ainda a oferta de 1,5 milhão de m³/dia de gás natural.
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