Maria Quitéria, o novo navio-plataforma da Petrobras a operar no Espírito Santo, chegará ao campo de Jubarte, no litoral Sul capixaba, nos próximos dias. A informação foi dada ao governador Renato Casagrande pela presidente da estatal, Magda Chambriard. Não deixa de ser uma boa notícia, mas poderia ser melhor se não fosse um detalhe: não se sabe quando a estrutura, com capacidade para produzir 100 mil barris de óleo por dia e 5 milhões de m³ de gás natural, poderá começar a funcionar.
São dois os motivos da interrogação: movimentos grevistas dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Embora esteja tecnicamente apta para começar a produzir, o navio-plataforma ainda depende de licenças e autorizações dos órgãos que, há meses, não funcionam em plena capacidade.
O objetivo da Petrobras era retirar o primeiro óleo em 2024, mas a situação passou a ser vista como complicada. Notícia ruim para a empresa, claro, e para a economia do Espírito Santo. A produção de petróleo e gás natural respondem por algo perto de 25% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Estado.
Outros projetos do setor estão atrasados, entre eles o da petroleira Prio, também no litoral Sul. A companhia quer produzir 40 mil barris de óleo do pré-sal por dia no campo de Wahoo. A ideia original era iniciar agora em junho, mas, por causa das greves, o projeto de R$ 4,5 bilhões só deve começar a rodar em 2025.
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