Na avaliação do comando do Centro do Comércio do Café de Vitória (CCCV), a carta aberta divulgada em 12 de julho, junto com o Centrorochas (Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais), criticando as condições de infraestrutura do Porto de Vitória, teve o efeito desejado: colocou o problema em cima da mesa. De imediato houve uma aproximação com a Vports, concessionária responsável pelo complexo portuário. A expectativa é de que a parte operacional também melhore.
"Ninguém esperava solução do dia para a noite, a carta, que teve uma repercussão enorme, cumpriu seu papel e colocou o problema no centro do debate. A comunicação com a Vports foi constituída e órgãos importantes, como Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e Ministério da Agricultura, passaram a acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos. Estão todos cientes da realidade e participando, algo inédito. Agora, do ponto de vista operacional, segue tudo na mesma, estamos aguardando", disse Fabrício Tristão, presidente do Centro do Comércio do Café de Vitória.
O dirigente afirmou que a Vports está estudando alternativas, conversando com os setores e envolvendo os demais atores de dentro do porto, caso dos operadores. "A impressão que temos é que, em alguns temas, as atividades só começaram depois da carta, portanto, algumas situações ainda são muito primárias. São várias as possibilidades sendo discutidas, mas nada de efetivo. Não está claro como o problema será resolvido, mas pelo menos saíram da zona de conforto".
Tristão disse que a entidade estuda medidas para reaver valores pagos a mais por causa de atrasos provocados pelo apagão logístico. "Nosso jurídico está fazendo a avaliação. As empresas estão arcando com uma série de custos e taxas extraordinárias por causa do tempo a mais que as mercadorias estão ficando paradas, mas nós não somos os causadores do atraso. Estamos pagando por um problema que está caindo no nosso colo. A avaliação está sendo feita e a Antaq está ciente do movimento".
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