O anúncio da Prio, na última sexta-feira (27), de que chegou a um acordo para comprar 40% do campo de petróleo de Peregrino, na Bacia de Campos (Rio de Janeiro), acendeu um alerta dentro do setor produtivo capixaba. A Prio, que é a maior empresa independente de petróleo do Brasil, vai pagar US$ 1,91 bilhão (mais de R$ 10 bilhões) à chinesa Sinochem por 40% do campo. Caso a Equinor, detentora dos outros 60% (por isso tem a preferência de compra), não exerça esta possibilidade (que é o mais provável), companhia agregará 36 mil barris por dia à sua produção, hoje em 85 mil barris por dia.
E o que o Espírito Santo tem a ver com isso? Entre os investimentos prioritários da Prio está Wahoo, campo do pré-sal, com capacidade para produzir 40 mil barris por dia, que fica no extremo Sul do mar capixaba. A expectativa da empresa era começar a produzir no primeiro semestre de 2024, mas, por causa dos seguidos atrasos nas licenças ambientais e demais autorizações (servidores de ANP e Ibama entraram em greve este ano), o primeiro óleo ficou para, na melhor das hipóteses, para 2025.
Com um portfólio de investimento de US$ 3 bilhões (R$ 16,5 bi) para os próximos cinco anos, a Prio, claro, está buscando oportunidades com qualidade e com viabilidade. "A empresa tem compromissos com investidores em cima da expansão de sua produção. Enquanto Peregrino está em plena operação, o licenciamento do projeto capixaba não sai, tudo é uma questão de oportunidade e prioridade. O Espírito Santo, falo de empresas, entidades e governos, precisa estar atento para o que está acontecendo, podemos ver uma ótima oportunidade de ampliar imediatamente a nossa atividade escorrer por entre os dedos", afirmou um executivo do setor.
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