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Privatização da ES Gás: companhia é avaliada em mais de R$ 1 bilhão

BNDES entregou avaliação do valor da companhia ao governo do Estado e à Vibra, sócios da empresa, que agora vão analisar o preço sugerido pelo banco

Publicado em 17/06/2022 às 14h35
Gasoduto
Tubulação de gás natural: ES Gás tem mais de 60 mil clientes no Estado. Crédito: TBG/Divulgação

O BNDES enviou ao governo do Estado e à Vibra, sócios da ES Gás - companhia responsável pela distribuição de gás natural no Espírito Santo -, a apuração do valor da empresa. A coluna apurou que o banco, responsável pela modelagem da privatização, chegou a um valor que supera R$ 1 bilhão. O Estado do Espírito Santo tem 51% das ações da ES Gás. A Vibra, antiga BR Distribuidora, possui 49%. Os sócios terão os próximos dias para aprovarem ou não o valor proposto pelo BNDES. Ou seja, o preço final ainda pode mudar.

O chamado valuation é parte relevante da modelagem que o BNDES ficou de entregar até o final do mês de junho. Em julho o documento será analisado pelos sócios. A expectativa é de que, feitos todos os ajustes que certamente serão propostos, o material esteja à disposição do Tribunal de Contas do Estado em agosto. Rodrigo Chamoun, presidente do TCES, já disse que a venda da ES Gás vai ser prioridade dentro da Casa e que em seis meses os conselheiros darão a sua decisão. É a última etapa antes da venda.

No final de 2021, a Assembleia Legislativa deu seu ok para a privatização. A operação será feita na Bolsa de Valores de São Paulo. A ES Gás atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, de climatização, cogeração e termelétrico. São mais de 60 mil consumidores. Com mais capital privado e, consequentemente,  mais investimentos, a expectativa do governo capixaba é que esse número de clientes avance bastante, melhorando a competitividade energética do Estado.

O debate que se avizinha dentro do governo é vender ou não toda a sua participação na empresa. Há os que defendam vender tudo - se forem vencedores, com base no valuation, seriam mais de R$ 500 milhões no caixa do Estado. E os que argumentam que manter uma participação, não majoritária, mas suficiente para ter assento no conselho é importante. O governador Renato Casagrande está ouvindo os dois lados e vai tomar a decisão até agosto.

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