O Bandes (Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) devem estabelecer, agora no mês de outubro, um termo de cooperação para que a instituição federal ajude o banco capixaba na estruturação de projetos que atraiam a iniciativa privada. Muito do que hoje é tocado pelo setor público, com pouca eficiência e muitas vezes com escassez de recursos, pode, se bem trabalhado, atrair a atenção de empresas. Há boas oportunidades em várias áreas.
"Tivemos uma reunião muito boa com o BNDES, nesta quarta-feira (20). O Estado Espírito Santo, incluindo os municípios, tem tudo para ampliar essa proximidade com o setor privado. Isso é bom para os governos, que passam a focar no que é o fundamental; é bom para a sociedade, que recebe melhores serviços; é bom para a economia, porque os investimentos ficam maiores; e é bom, claro, para os empreendedores, que passam a ter mais possibilidades de bons negócios. O BNDES tem uma expertise enorme na estruturação de projetos, inclusive nos ajudou na venda da ES Gás, e vai passar conhecimento para o corpo técnico do Bandes. Precisamos sair do esporádico e entrar em um processo perene", explicou o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.
Hoje, o BNDES possui, em sua carteira, 112 projetos que somam R$ 229,7 bilhões. Apenas um (iluminação pública de Vitória) no Espírito Santo. Há estudos sendo tocados pela instituição nas seguintes áreas: ativos ambientais, saneamento, infraestrutura social, rodovias, portos, mobilidade urbana e valorização do patrimônio imobiliário.
"Veja, por exemplo, a Secretaria de Educação. O foco deve ser 100% na educação das nossas crianças e adolescentes, mas, hoje, muita da atenção vai para manter prédios, logística, enfim, para a operação como um todo. É certo que isso pode ser melhor trabalhado por uma empresa especializada, o que precisamos é colocar a estrutura do projeto de pé. Temos possibilidades também nas áreas de segurança, saúde, presídios, parques, infraestrutura urbana... As oportunidades são muitas, vamos evoluir com isso aproveitando a velocidade e o conhecimento do BNDES", assinalou Ferraço.
Um grupo de trabalho com técnicos da Secretaria de Desenvolvimento, da Procuradoria do Estado, do Bandes e do BNDES já foi montado e será o responsável por tirar a cooperação do papel.
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