
A produção de petróleo manterá um crescimento robusto de 11,2% ao ano, no Espírito Santo, até 2027, quando deve chegar a 213,1 mil barris por dia. Para o gás natural, as projeções indicam um crescimento médio anual de 10,4%, no mesmo período, com a produção alcançando um volume de 4,9 milhões de metros cúbicos diários em 2027. Os dados são do Anuário da Indústria de Petróleo e Gás do Espírito Santo, produzido pelo Observatório Findes, que será lançado nesta terça-feira (08).
As perspectivas até 2027 são interessantes, mas, se olharmos um pouco mais adiante, para 2028, prazo relativamente curto para uma indústria desse tamanho, a produção capixaba já entrará no chamado decaimento natural. Ou seja, sem novos investimentos - em exploração, novos campos e eficiência produtiva - as estruturas atuais não conseguirão manter os níveis de extração. Importante frisar que o Anuário leva em consideração os aportes já anunciados e confirmados. A indústria do petróleo responde por algo perto de 25% da indústria do Espírito Santo.
Estima-se que, entre 2024 e 2027, tanto a produção total de petróleo, quanto a produção total de gás natural registrem crescimento no Espírito Santo. Esse aumento virá, principalmente, do Projeto Integrado do Parque das Baleias (IPB), da Petrobras, do campo de Wahoo, sob operação da Prio, e do campo de Golfinho, gerido pela BW Energy, todos no ambiente offshore. No ambiente onshore, a expectativa é que o aumento da produção seja oriundo das recentes descobertas.
Para o período completo da projeção, entre 2024 e 2030, a expectativa é de um crescimento médio anual de 0,4% na produção de petróleo e de 0,3% na produção de gás natural. Apesar da queda de produção a partir de 2028, o volume esperado em 2030 ainda será superior ao que foi produzido em 2024, quando a produção média de petróleo foi de 154,9 mil barris de petróleo por dia e a de gás natural foi de 3,6 milhões de metros cúbicos por dia.
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