Estudo encomendado pela Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo) mostra que, entre 2023 e 2027, os setores de Petróleo e Gás, Papel e Celulose, Mineração e Siderurgia vão investir, em todo o Brasil, R$ 753 bilhões (estão contabilizados aqui novos investimentos e manutenções). São estes os segmentos da indústria que as empresas fornecedoras de serviços do Espírito Santo, justamente por conta da base industrial do Estado, são mais especializadas. Quem entende do mercado acredita que a indústria de base capixaba pode abocanhar 5% (R$ 37,65 bi) disso aí.
Desta conta quase trilionária, 'apenas' R$ 73,1 bi serão desenvolvidos aqui no Estado. Mas há muito isso deixou de ser problema para os fornecedores locais. Nas últimas duas décadas eles vêm ganhando mercado fora do Espírito Santo. Hoje, no maior investimento privado do Brasil - a nova fábrica de celulose da Suzano no Mato Grosso do Sul, um aporte de R$ 22 bi -, cerca de 60% do conteúdo local contratado para tocar o empreendimento é entregue por empresas do Espírito Santo.
Pelas contas do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) do Espírito Santo, que está dentro da Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção, as empresas capixabas, em 1995, respondiam por 8,5% do fornecimento local. Hoje, isso supera os 50%. Petróleo e Gás, Papel e Celulose, Mineração e Siderurgia são os grandes contratantes.
Todos os números serão apresentados, em detalhes, na próxima terça-feira (30), no auditório da Federação das Indústrias, em evento que marcará o lançamento da 16ª Mec Show (maior evento do setor metalmecânico brasileiro) e 11ª ES Oil & Gas (uma das maiores do país no setor). O encontro - apoiado por Findes, Sindifer (metalurgia e material elétrico), Sinduscon (construção civil), Sindicopes (construção pesada) e Cdmec (metalmecânico) - contará com a presença de representantes de Vale, Petrobras, ArcelorMittal, Suzano e Samarco.
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