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Retomada da produção da Samarco, em Anchieta, deve ser antecipada

A companhia trabalha para colocar a sua segunda pelotizadora para funcionar em, no máximo, janeiro de 2025, com boas possibilidades de acontecer em dezembro de 2024. Outras duas seguem fechadas

Publicado em 28/05/2024 às 03h50
Samarco
Operação da Samarco, em Anchieta, Sul do Espírito Santo. Crédito: Carlos Alberto Silva

A segunda fase da retomada das pelotizadoras da Samarco, em Anchieta, Sul do Espírito Santo, deve se dar antes do previsto. O martelo ainda não está batido, mas, em apresentação feita a investidores, os executivos da mineradora disseram que a decisão será tomada e anunciada no próximo trimestre. Pelo cronograma apresentado originalmente a meta era colocar a segunda pelotizadora para rodar (hoje apenas uma está operando) até o final do primeiro trimestre do ano que vem. Agora, a companhia trabalha para reiniciar a operação em, no máximo, janeiro de 2025, com boas possibilidades de acontecer em dezembro de 2024.

Gustavo Selayzim, diretor de Estratégia, Financeiro e Suprimentos da Samarco, disse o seguinte aos investidores, a maioria de fora do Brasil. "O projeto está andando muito bem, por isso, é bem possível antecipar a entrega ou parte dela para 2024, vamos confirmar no próximo trimestre. Tem a possibilidade e os estudos estão sendo concluídos".

Depois da tragédia do rompimento das barragens de Mariana, em novembro de 2015, a Samarco ficou sem operar até dezembro de 2020, quando recebeu o ok por parte dos órgãos ambientais. A primeira a voltar foi a 4ª Usina Pelotizadora, a mais nova e produtiva de todas (inaugurada em 2014). Ela produz algo perto de 9 milhões de toneladas de pelotas por ano. É ponta no mundo. Com a entrada da 3ª Pelotizadora, serão mais 7,8 milhões de toneladas por ano, fazendo com que a fábrica de Anchieta chegue a 60% de sua capacidade. A expectativa é de que o ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) seja ampliado em US$ 570 milhões (pouco mais de R$ 2,9 bilhões), alcançando US$ 1,3 bi (R$ 6,63 bilhões).

Informação muito relevante para a economia do Espírito Santo, principalmente para o Sul capixaba. Em 2015, antes do estouro das barragens, a Samarco respondia por cerca de 8% do PIB estadual.

Correção

28 de maio de 2024 às 19:31

Com a segunda fase da retomada, o ebitda esperado pela Samarco é de US$ 1,3 bilhão e não de US$ 570 milhões por ano, como informado originalmente. O texto foi corrigido. Peço desculpas aos leitores.

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