Oficialmente SAF (Sociedade Anônima do Futebol) desde fevereiro de 2024, o Rio Branco está mirando voos bem mais altos que os das últimas quatro décadas. Para pavimentar o caminho de longo prazo, a diretoria capa-preta colocou, no curto, metas esportivas e financeiras arrojadas. A expectativa é de que, já em 2025, com o time garantido na Série D do Campeonato Brasileiro, o Rio Branco arrecade R$ 6 milhões, três vezes mais que os R$ 2 milhões previstos para 2024 e quase seis vezes além do que foi faturado em 2023, o último ano completo com a associação à frente: R$ 1,3 milhão.
"As premiações das competições que disputaremos no ano que vem (Capixabão, Copa do Brasil, Copa Verde, Série D e Copa Espírito Santo) já nos garantem algo perto de R$ 2 milhões. Isso sem passar de fase nas competições nacionais, ou seja, pode ser ainda melhor. Com mais visibilidade, inclusive com possibilidade de televisão nacional (na Copa do Brasil), vamos negociar melhores patrocínios. Estamos estipulando outros R$ 2 milhões. Por fim, teremos, com todas essas competições, mais receitas que virão da nossa torcida, como bilheteria, venda de camisas e uma série de outras iniciativas que estamos planejando. Só para você ter uma ideia, a receita líquida da final do estadual foi de R$ 150 mil. Teremos vários jogos de apelo em 2025, muito de nosso faturamento virá daí, portanto, os R$ 6 milhões são plenamente factíveis", assinalou Renato Antunes, presidente do Rio Branco SAF.
Quando fala em "vários jogos de apelo em 2025" é porque o presidente promete um investimento forte para levar o Rio Branco à Série C já no ano que vem. "Vamos investir para isso. Claro que futebol não é ciência exata, não podemos garantir vitórias, mas posso dizer que faremos o aporte necessário para colocar o Rio Branco na briga para vencer e trabalhar duro para que dê certo. Estamos investindo alto na meta esportiva porque o acesso à Série C muda a nossa vida em todos os aspectos, inclusive o financeiro. É fundamental para os nossos planos. Garante calendário de alto nível e, consequentemente, as receitas, não temos isso na Série D. Hoje, quando acaba o Capixabão, nos desfazemos de alguns jogadores, não temos calendário. Chegando na C vamos passar a reforçar o nosso time em abril. É uma revolução, vamos atrás dela".
Um bom exemplo de como o posicionamento do Rio Branco no mercado mudou nos últimos tempos está nas receitas com patrocínios. Em 2023, o clube tinha 20 patrocinadores e faturou, com eles, R$ 350 mil no ano. Em 2024, foram reduzidos a dois (Supermercados BH e Apex) e as receitas mais do que dobraram. "Não topamos mais qualquer coisa, o Rio Branco não está no desespero. Temos mais cinco espaços na nossa camisa, temos boas perspectivas pela frente e, portanto, vamos avaliar as propostas com toda a tranquilidade", avisou Antunes.
Garantido na Copa São Paulo de Juniores de 2025, o Rio Branco também ampliará os investimentos na base, outra importante fonte de recursos para os clubes. O sub-20 já está em atividade e a SAF vai organizar toda a base. Sobre o centro de treinamento, o capa-preta busca uma área de 100 mil m² na Grande Vitória, as conversas estão andando e a definição deve sair no primeiro trimestre do ano que vem. O investimento, de R$ 10 milhões, será entregue em 2029.
Se tudo andar como o dirigente planeja, o futebol capixaba agradecerá!
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