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Samarco coloca mais uma usina de pelotização para funcionar no ES

A Usina 3, que estava parada desde 2015, voltou a produzir pelotas em escala no dia 15 de agosto. Assim, a mineradora terá condições de voltar a 60% de sua capacidade

Publicado em 23/08/2024 às 09h49
Samarco
Usina de Pelotização da Samarco, em Anchieta, Sul do Espírito Santo. Crédito: Carlos Alberto Silva

Quase nove anos depois da tragédia de Mariana, em 5 de novembro de 2015, a Samarco coloca em funcionamento a segunda de suas quatro pelotizadoras em Anchieta, Sul do Espírito Santo. A Usina 3, que estava parada desde 2015, voltou a produzir pelotas em escala no dia 15 de agosto. A unidade retorna com 50% da capacidade e chegará aos 100% (7,8 milhões de toneladas por ano) até o final de 2025. A volta foi antecipada em cerca de seis meses, a previsão original era para o primeiro trimestre do ano que vem.

Assim, a Samarco entrará em 2025 já com  capacidade para fabricar mais de 16 milhões de toneladas de pelotas por ano, portanto, 60% de sua capacidade máxima (27 milhões de toneladas). Uma grande notícia para a economia capixaba.

A primeira das pelotizadoras a voltar foi a Usina 4, a mais nova delas (inaugurada em 2014), no final de 2020. Trata-se de uma das plantas mais produtivas e eficientes do mundo, com capacidade para mais de 9 milhões de toneladas por ano. "Se dependesse apenas de Anchieta, a usina poderia voltar em plena capacidade, mas ainda não teremos minério vindo de Minas Gerais, a mina só estará pronta para fornecer no final do ano. Até lá, usaremos minério já estocado e compraremos de terceiros (negócio que ainda não foi fechado)", explicou Sérgio Mileipe, diretor de Planejamento e Operações da Samarco.

O impacto do retorno nos resultados da empresa não será pequeno. A expectativa é de que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) seja ampliado em US$ 570 milhões (R$ 3,1 bi), chegando a US$ 1,3 bilhão (R$ 7,15 bilhão).

Vencida mais esta etapa da retomada, a companhia voltará os olhos para as usinas 1 e 2 de Anchieta, que seguem paradas. A expectativa é de que elas voltem à operação em janeiro de 2028. Até lá, as duas terão de ser completamente reformadas e modernizadas (tecnológica e ambientalmente falando). Um grande trabalho também terá de ser feito em Minas Gerais, para que a mina de Germano tenha capacidade para mandar minério para cá. O orçamento deste pacote de investimentos deve sair em meados de 2025 e o início das obras deve se dar no começo de 2026.

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